Pintar faz parte de mim.

 

Quero escrever. Escrever o que sei, o que inventei, o que desejei, o que não tive, o que imagino, o futuro e os vários passados, um romance online, uma crime do passado, não sei, tudo e nada. Mas gosto muito, quase tanto como pintar.

Ai pintar!

Tenho tantas saudades de passar horas a olhar para uma tela e a pensar o que vou fazer, por onde começar, e depois perder noção doas horas que passaram por entre pinceladas e salpicos de cor. Pintar faz parte de mim, com meios e matérias diferentes, não usuais, meio abstracto meio a sério, nasci com aquilo, faz de mim quem sou . Já pintei muito quadros, mas dei-os quase todos , e agora tenho pena por não os ter ou os ver. 

A minha avó paterna pintava, e tinha aulas. Eu ia com ela, para as aulas e aquilo era mesmo a sério, com trabalho a apresentar, colagens , etc. não éramos chegar lá pintar qualquer coisa, não, os que la estavam, vendiam quadros e faziam exposições. Era a sério! Depois (ou antes, já não sei) comecei a ir ás aulas com a minha mãe ( sim também pintava ), e eram bem mais relaxadas, e divertidas. Tenho tantas saudades destas e das outras aulas, da caixa com o material, do cheiro, especialmente do cheiro.  

Para escrever, posso  fazer em qualquer lado, já pintar preciso de espaço. O meu espaço, rodeados de tintas e telas, meias feitas nao acabadas outras experimentais. Se tudo correr bem, vou ter esse espaço, mas ainda falta! 

Um dia ainda dedico-me a 💯 %. Mas primeiro tenho que acabar a minha pg, melhorar e estabilizar a fibromialgia, e quem sabe publicar o livro de receitas que quero tanto. 

Depois quem sabe o que será?

(Foto: Quando não tinha dinheiro para oferecer presentes ao meu namorado -agora marido- oferecia quadros. Este foi um dos 1os, e a base é em jornal, depois levou uma película para poder pintar por cima, tem purpurina e espelhos pequeninos, e traços em acrílico. Na foto não se percebe bem, mas é um dos meus preferidos, algures em 2004)