As manhãs
Os pés é que mandam, de manhã , ao sentirem o chão duro, são logo os indicadores de como está o resto do corpo e como vai o dia ser pela frente.
Não minto, há dias que é como se fosse em
cima de agulhas até á casa-de-banho, mesmo as pernas duras , rígidas Aqui foi mesmo uma vitória renhida entre o ir e o ficar. Penso que nenhuma célula de mim queria ir, ao não ser o sentido de responsabilidade e compromisso comigo mesmo.
Cheguei e disse, hoje não vou conseguir fazer nada, doem-me tudo. Esta, mal entrou sentou, no meio, virada para mim. Deitou-se se lado.
Ela, sentada e tranquila, à nossa espera começou devagarinho com inspirações e expirações, e suaves alongamentos de um lado e para o outro. A cada vez que inspirava, mais ia, menos doía mais presente estava. A cada expiração, renovava por dentro.
A certa altura ja estávamos numa aula menos suave e, para o fim, mais forte.
Saí, mais leve, menos dura. Um fluir de energia serena que pairava no ar.
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