Imprevistos de cansaço

 

Sexta-feira, e um dos miúdos tem uma festa á noite. Das 20h até ás 23h lá estará ele na sua primeira festa com este horário “nocturno”.

Tinha pensado e que entre o ir levar e o ir buscar podíamos ir jantar fora. Andava entusiasmada com a ideia. São 7 da tarde e estou cansada que nem acho que consigo fazer o jantar. De onde veio este súbito cansaço? Ora bem, não é súbito , veio a acumular-se durante a semana - que diga-se de passagem , foi stressante. 

E assim, fico sem o programa que queria. O programa que me levava a sair de casa, estar com pessoas, falar com adultos , ouvir histórias e dar gargalhadas. 

E é isto que me irrita mesmo, o da imprevisão, o não controlar quando acontece , o ter que desistir de coisas e de pessoas.  Dantes não tinha isto, combinava um programa e á hora marcada nós aparecíamos , e desfrutávamos desse momento. 

Também posso fazer o enorme esforço em ir, mas vou ficar mais cansada, como barulho, as vozes, as luzes, o excesso de estimulação que neste momento o meu cérebro não consegue digerir. Não vou conseguir falar com ninguém, e amanhã pago a fatura.

É injusto mudar de branco para preto num dia para o outro. É injusto para os que estão comigo, é injusto para mim.

No meu mundo, já estava em pijama na cama, e daqui a uma hora já estaria a dormir. E nada me garante que já não estava cansada. Por este cansaço em nada tem a ver com o cansaço normal. Vem de dentro, das células  e do sangue, do coração já por si, cansado.

(Mais uma foto de um momento bom que tive e gosto de recordar).