Coisas que só as mães de meninos sabem

( tivemos uma festa de aniversário, duas mães a comentar o nosso dia-a-dia com os meninos em casa, a mãe da menina ficou calda, a ouvir em silêncio. Não percebia o que dizíamos, era outra linguagem)

Há coisas que só as mães de meninos percebem. 
Há coisas que só as mães de meninos sabem como é, e sabem que é mesmo assim, sem exageros, sem histórias, sem floreados. 


Só as mães de meninos é que percebem quando as outras mães de meninos dizem que os filhos precisam de muito espaço, de correr e saltar, gritar e rir.
Só as mães de meninos é que percebem ( e acham normal) quando vêem outros meninos a rugir como dinossauros e serem fortes como leões.
Só as mães de meninos é que percebem a euforia dos comboios e do Bob, dos invizmals, das tartarugas ninjas e do dragon ball. Que há coisas fixes e outras mesmo fixes, que os lagartos são altamente e que escovar os dentes é uma seca.
Só as mães de outros meninos é que sabem que as calças não estão curtas mas sim foi o menino que acabou de dar um salto de crescimento, que o botão acabou de cair e as camisa não estava rota.
Que os meninos podem parecer esfomeados mas na verdade lancharam nem há uma hora atrás, que nunca há bolachas suficientes e que os gelados são sempre poucos.
Que as unhas ficam mais negras do que se imagina, e não é preciso escova para os cabelos, e o amaciador é um exagero.
Só as  mães de meninos é que sabem o que é ouvir declarações infinitas de amor, de serem as primeiras namoradas, as princesas do castelo, e que os beijos realmente curam tudo. 
Só as mães de meninos é que sabem o que é "coxinhas" e como se coloca um carro na pista, jogar as espadas e os nomes da família completa de dinossauros, que há objectos que podem voar sem se partir, que as paredes não são tão duras como parecem, e que as casas são resistentes. 
Só as mães de meninos é que desesperam quando os meninos precisam de saltar e de correr, que percebem que gritar por vezes significa estar contente, e sabem como fazer uma prisão com almofadas, e que eles não conseguem ficar mais de 5 segundos em silêncio.
Só as mães de meninos é que sabem que cair não faz mal, o que são pernas esfoladas, dedos entalados, feridas abertas, pontos no lábio, e unhas encravadas. 
Só as mães de meninos é que percebem as piadas dos monstros, a fantasia dos samurais, a magia dos camiões, distingir os tipos diferentes de rugidos dos dinossauros, saber que os monstros afinal são fofinhos, e que o Faísca é na verdade um super-herói. 
Só as mães de meninos é que percebem como é fácil vestir um menino, que a roupa fica suja após 5 minutos, e que os calções afinal não precisam de cinto. 
Que não precisam de milhares pares de sapatos, que há muito tipo de chuteiras, que se pode improvisar um campo dentro de casa, que tshirts, polos e camisas usam-se o ano inteiro, e que as meias ganham buracos misteriosos. 
Só as mães de meninos é que sabem o que é dormir agarradinho, fazer festinhas no cabelo, dar a mão só por dar, e receber muitos abraços no mesmo dia.
Só as mães de meninos é que sabem que há uma dança típica do xixi, que por vezes pode-se dar muitos banhos por dia, e que agua fica castanha, que a roupa não precisa de estar sempre limpa, e que um pouco de terra nos sapatos afinal não faz mal a ninguém. 
Só as mães de meninos é que sabem a quantidade de fruta e pão que realmente eles comem, a velocidade em que os sapatos deixam de servir, que há muitos tipos de boxers, que o champo também serve de sabonete, que o perfume é uma mariquice, e que o importa mesmo é o futebol.
Só estas mães, é que percebem que há muitos tipos de azul, de foguetões e de cientistas, de bichos e de robôs.  
Só as mães de meninos é que sabem o que me refiro, que percebem ( e não criticam) quando dizemos que eles são cansativos e barulhentos, e acreditam quando dizemos que são meiguinhos e ternurentos. 


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